quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Índice negativo de refração é obtido com metais

Índice negativo de refração é obtido com metais
[Esta montagem ilustra o conceito do índice de refração negativa da luz. Até agora, acreditava-se que o fenômeno só pudesse ser obtido em materiais muito complexos. [Imagem: TUVienna]
 
Desviando a luz para o lado errado

O grande mérito dos metamateriais é a sua capacidade de gerar índices negativos de refração da luz - fazer a luz dobrar para o "lado errado", ao contrário do que acontece, por exemplo, quando você coloca um canudo dentro de um copo com água.

Mas Andrei Pimenov e Sebastian Engelbrecht, da Universidade de Viena, na Áustria, descobriram que não é preciso construir um material artificial para obter um índice negativo de refração da luz: eles conseguiram isso usando metais e um campo magnético.

O feito poderá ter impactos significativos no campo da óptica - pense nos microscópios, telescópios, fibras ópticas e, principalmente, nos computadores fotônicos.

Imagine um carro que passe por uma poça d'água na beira da estrada, fazendo com que duas rodas girem mais rapidamente do que as rodas do lado oposto. Isto vai alterar a direção do carro, que vai sair rodopiando.

É mais ou menos isso que acontece quando a luz passa pela interface entre dois materiais, nos quais ela viaja em velocidades distintas - e ar e a água, no nosso exemplo do canudo, por exemplo.

Refração negativa em metais

Índice negativo de refração é obtido com metais
[O feixe de luz - foram usadas micro-ondas no experimento - entra no metal e é refratado na direção oposta (esquerda) em comparação com o comportamento usual da luz nos materiais naturais (direita). [Imagem: TUVienna]

Até agora se acreditava que isso só pudesse ser feito em materiais construídos com estruturas microscópicas muito intrincadas e periódicas - os metamateriais.

Mas os pesquisadores agora demonstraram que metais comuns, como o ferro, o níquel e o cobalto, podem fazer o truque com a ajuda de um campo magnético.

Devido aos efeitos da ressonância magnética em folhas finas desses metais, a luz é virada drasticamente quando atinge sua superfície. No interior do metal, ela vira para outra direção, como se houvesse um espelho lá dentro.

"Nós colocamos o metal sob um forte campo magnético e o irradiamos com luz com o comprimento de onda precisamente necessário," diz Pimenov. Eles usaram radiação na faixa das micro-ondas, que consegue penetrar as folhas de metal.

"Nós demonstramos que, no cobalto puro, e em uma liga de Fe/Co os valores negativos [do índice de refração] podem de fato ser alcançados próximo à frequência de ressonância ferromagnética," escrevem os pesquisadores.

Resolução infinita

E, mais importante ainda para os usos práticos, "valores grandes de refração negativa podem ser obtidos a temperatura ambiente, e eles podem ser facilmente ajustados em campos magnéticos moderados".

A descoberta é promissora para o campo da microscopia e das lentes em geral. A resolução de uma lente é limitada pelo comprimento de onda da luz - uma longa onda de radar nunca conseguirá detectar um pássaro ou uma borboleta, e a luz visível nunca permitirá que se enxergue diretamente um átomo.

"Mas usando um material com um índice negativo de refração," diz Pimenov, "teoricamente poderemos alcançar resoluções infinitas."

E a possibilidade de usar metais, em vez dos complicados e grandes metamateriais, abre a possibilidade de que isto possa ser feito de forma mais prática.

Há poucos meses, a equipe do Dr. Pimenov demonstrou como a rotação da luz pode ser usada para criar um transístor óptico.

Bibliografia:

Negative refraction in natural ferromagnetic metals
S. Engelbrecht, A. M. Shuvaev, Y. Luo, V. Moshnyaga, A. Pimenov
EPL
August 2011
Vol.: 95, 3 (2011)
DOI: 10.1209/0295-5075/95/37005

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sondas-gêmeas da NASA vão estudar gravidade e interior da Lua

GRAIL: Sondas-gêmeas da NASA vão estudar gravidade e interior da Lua
[Sinais de rádio transmitidos continuamente entre as duas sondas vão fornecer aos cientistas as medidas exatas necessárias para mapear a gravidade da Lua.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
 
Voo em formação

A NASA está com tudo pronto para o lançamento da sonda lunar GRAIL (Gravity Recovery And Interior Laboratory).

Na verdade, são duas sondas gêmeas, que vão estudar a gravidade da Lua e fazer análises para tentar obter mais informações sobre o interior do nosso satélite.

Usando uma técnica de voo em formação, sinais de rádio transmitidos continuamente entre as duas sondas vão fornecer aos cientistas as medidas exatas necessárias para mapear a gravidade da Lua.

O voo em formação tem o benefício adicional de manter o fluxo de informações entre as sondas e as estações terrestres quando elas estiverem no lado da Lua não visto da Terra.

A missão também vai tentar responder antigas perguntas sobre a Lua, incluindo o tamanho de um possível núcleo interior, e deverá dar aos cientistas uma melhor compreensão de como a Terra e outros planetas rochosos do Sistema Solar se formaram.

Caminho tortuoso

GRAIL: Sondas-gêmeas da NASA vão estudar gravidade e interior da Lua
[As sondas gêmeas, GRAIL-A e GRAIL-B, serão lançadas a bordo de um foguete Delta II. [Imagem: NASA/KSC]

As sondas gêmeas, GRAIL-A e GRAIL-B, serão lançadas a bordo de um foguete Delta II.

E não será uma viagem simples. Elas seguirão rotas diferentes e tortuosas, levando cerca de 3,5 meses para chegar às suas posições definitivas em órbita da Lua.

A GRAIL-A deverá percorrer cerca de 4,200 milhões de quilômetros e a GRAIL-B 4,3 milhões km até estarem posicionadas para o início da fase científica da missão.

Já em órbita lunar, as sondas começarão a trocar sinais de rádio para definir precisamente a distância entre elas.

Mistérios da Lua

Pequenas diferenças gravitacionais de uma região para a outra da Lua deverão induzir minúsculas expansões e contrações na distância entre as duas sondas.

Esses serão os dados primários para o mapeamento da gravidade da Lua e darão informações sobre o interior do satélite.

Só recentemente, a sonda espacial GOCE, da Agência Espacial Europeia, fez um mapa preciso da gravidade da Terra.

"A missão GRAIL vai desvendar mistérios lunares e nos ajudar a entender como a Lua, a Terra e outros planetas rochosos evoluíram," resume Maria Zuber, cientista-chefe da missão.

A janela de lançamento das duas sondas GRAIL abre no dia 08 de setembro e se estenderá até 19 de outubro.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Menor motor molecular elétrico tem apenas uma molécula
[O desenvolvimento faz parte de uma nova classe de dispositivos que poderão ser usados em aplicações que vão da medicina à engenharia. [Imagem: Tierney et al]

Motor molecular elétrico

Químicos da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, criaram o menor motor molecular acionado por eletricidade.

O motor elétrico molecular mede apenas 1 nanômetro.

Ele consiste em uma única molécula de sulfeto de butil metil posta sobre uma superfície de cobre.

Esta molécula, que contém enxofre, possui átomos de carbono e hidrogênio formando uma estrutura que lembra dois braços, com quatro carbonos de um lado e um do outro.

Estas cadeias de carbono ficam livres para girar em torno da ligação de enxofre e cobre, que funciona como eixo.

Motor frio

O fornecimento da eletricidade e o controle do motor molecular foi feito com um microscópio de varredura por tunelamento (STM-LT), que coloca as amostras sendo observadas em temperaturas criogênicas e que usa um feixe de elétrons, em vez de luz, para "enxergar" moléculas.

A finíssima ponta de metal do microscópio fornece uma carga elétrica para a molécula de sulfeto de butil metil, que havia sido previamente colocada sobre uma superfície de cobre.

Para ver seu funcionamento, contudo, é necessário manter uma temperatura de 5 Kelvin (-268º C).

Em temperaturas mais altas do que isso, o motor gira rápido demais, o que torna difícil controlar sua rotação e mesmo medir quantas voltas ele dá.

Livros dos recordes

O desenvolvimento faz parte de uma nova classe de dispositivos que poderão ser usados em aplicações que vão da medicina à engenharia.

Segundo Charles Sykes, coordenador da equipe, eles vão submeter o motor elétrico molecular para o Guinness World Records.

"Tem havido progressos significativos na construção de motores moleculares alimentados por luz e por reações químicas, mas esta é a primeira vez que se constrói um motor elétrico molecular," disse Sykes.

Na verdade não é. Embora o novo motor seja o menor, cientistas holandeses construíram o primeiro motor molecular totalmente elétrico em 2010.

Bibliografia:
Experimental demonstration of a single-molecule electric motor
Heather L. Tierney, Colin J. Murphy, April D. Jewell, Ashleigh E. Baber, Erin V. Iski, Harout Y. Khodaverdian, Allister F. McGuire, Nikolai Klebanov, E. Charles H. Sykes
Nature Nanotechnology
September 4, 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/NNANO.2011.142

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Galáxias estão ficando sem gás para formar estrelas

Galáxias estão ficando sem gás para formar estrelas
[Região de intensa formação de estrelas, fotografada pelo Telescópio Hubble. Os astrônomos acreditam que esses berços de estrelas estão se tornando cada vez mais raros.[Imagem: NASA/ESA/STScI/AURA]

Astrônomos australianos acreditam ter descoberto por que o Universo está diminuindo o ritmo de formação de novas estrelas.

Segundo eles, as galáxias estão ficando sem gás.

Hidrogênio molecular

O Dr. Robert Braun e seus colegas do instituto CSIRO chegaram a essa conclusão comparando observações de galáxias mais distantes, com galáxias mais próximas à Via Láctea.

A luz, as ondas de rádio, e toda a radiação eletromagnética, leva tempo para chegar até nós. Isto nos permite observar hoje galáxias como elas eram entre três e cinco bilhões de anos atrás.

E as galáxias nesse estágio de vida parecem conter consideravelmente mais hidrogênio molecular do que as galáxias do Universo atual - as mais próximas de nós, cuja luz não demora tanto para chegar até aqui.

As nuvens de hidrogênio molecular são o combustível para a formação de novas estrelas. Quanto menos hidrogênio molecular há à disposição, menos estrelas se formam.

Ritmo de formação de novas estrelas

Há cerca de 15 anos, os astrônomos chegaram à conclusão que o ritmo de formação de novas estrelas atingiu um pico quando o Universo contava com apenas alguns poucos bilhões de anos de idade, passando a declinar desde então - calcula-se que o Universo esteja hoje se aproximando dos 14 bilhões de anos de idade.

"Nossos resultados nos ajudam a entender porque as luzes estão se apagando," disse o Dr. Braun. "A formação de estrelas já usou a maior parte do hidrogênio molecular disponível."

Segundo ele, a diminuição no volume de hidrogênio disponível para a formação de novas estrelas parece ter começado quando a energia escura "tomou controle do Universo".

Pela interpretação atual, enquanto o Universo foi dominado pela gravidade, o hidrogênio era naturalmente sugado pelas galáxias. Mas então o fenômeno da energia escura se tornou preponderante, e o Universo começou a se expandir cada vez mais rapidamente.

Essa expansão da aceleração estaria tornando cada vez mais difícil para as galáxias conseguirem combustível para criar novas estrelas.

Galáxias estão ficando sem gás para formar estrelas
[Fluxos de gás em larga escala estão se movimentando na corona quente da Via Láctea, com massa suficiente para manter o atual ritmo de formação de estrelas de nossa galáxia. [Imagem: Science/AAAS]

Formação de estrelas na Via Láctea

De fato, o problema parecia ser mais grave no caso da nossa Via Láctea, já que, até agora, os astrônomos nunca haviam conseguido identificar quaisquer fontes desse gás-combustível-de-estrelas.

Nicolas Lehner e J. Christopher, da Universidade de Notre Dame, afastaram as "preocupações" usando dois instrumentos a bordo do Telescópio Espacial Hubble.

Eles observaram nuvens de gás ionizado viajando em alta velocidade. Usando 28 estrelas cuja distância é conhecida, eles puderam estimar a distância e a massa das nuvens de gás.

Eles concluíram que algumas dessas nuvens estão bem no interior da nossa galáxias e têm massa suficiente para manter o ritmo atual de formação de estrelas.

Realimentação

O processo de formação de novas estrelas é, em certa medida, realimentado, quando as estrelas chegam ao fim de suas vidas e explodem como supernovas.

Mas a maior parte do hidrogênio usado para formar uma estrela - cerca de 70% - fica quimicamente preso nos "destroços" quando a estrela explode, não retornando ao início do processo.

Não há exatamente uma falta de combustível para estrelas no Universo: o problema é onde ele está. Calcula-se que dois terços do hidrogênio molecular do Universo estejam no espaço intergaláctico.

Bibliografia:

Molecular gas in intermediate-redshift ultraluminous infrared galaxies
R. Braun, A. Popping, K. Brooks, F. Combes
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
August 2011
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1111/j.1365-2966.2011.19212.x

A Reservoir of Ionized Gas in the Galactic Halo to Sustain Star Formation in the Milky Way
Nicolas Lehner, J. Christopher Howk
Science
August 25 2011
Vol.: Published Online
DOI: 10.1126/science.1209069

domingo, 4 de setembro de 2011

Computador biológico destrói células de câncer

Computador biológico destrói células de câncer
[As etapas da operação do biocomputador. A célula mais escura é uma célula saudável, e a célula verde é uma célula cancerosa HeLa. Em cima, o DNA (fitas azuis) é injetado nas células. Na linha do meio, o circuito detecta o perfil miRNA e desencadeia a morte celular. Na linha inferior, a célula verde sofre apoptose, enquanto a célula saudável permanece intacta.[Imagem: Yaakov Benenson]
Biocomputador
Cientistas incorporaram um computador biológico em células humanas in vitro.
O processador biológico reconhece determinadas células cancerosas usando combinações lógicas de cinco fatores moleculares específicos do câncer.

Ao encontrar as células, o computador biológico à base de DNA dispara o mecanismo de autodestruição das células, a chamada apoptose, destruindo o tumor.

No futuro, processadores biológicos desse tipo poderão ser usados para o estudo de novos medicamentos e para tratar ou prevenir doenças.

Lógica booleana biológica

Zhen Xie e seus colegas do Instituto ETH, da Suíça, projetaram um circuito regulatório que detecta os níveis de um conjunto de microRNAs expressos em uma célula-alvo.

Quando encontra uma correspondência, que só existirá nas células cancerosas, o circuito aciona o processo de autodestruição celular, sem afetar as células normais.

Xie trabalha com o Dr. Yaakov Benenson, um dos pioneiros no campo dos computadores biológicos, "circuitos" à base de moléculas de DNA que operam em células vivas.

"Os fatores miRNA são submetidos a cálculos booleanos em cada célula onde são detectados. O biocomputador combina os fatores usando operações lógicas como AND e NOT, e somente gera o resultado necessário, ou seja, a morte celular, quando o cálculo inteiro com todos os fatores resulta em um valor lógico TRUE," explica o Dr. Benenson

Cálculo preciso

Computador biológico destrói células de câncer
[Os primeiros cálculos de um biocomputador foram demonstrados pela equipe do Dr. Benenson em 2007. [Imagem: Kobi Benenson/Harvard]

O principal objetivo da equipe é construir biocomputadores que detectem moléculas que contenham informações importantes sobre o bem-estar das células e processem essas informações para direcionar a resposta terapêutica apropriada quando a célula encontrada for anormal.

Agora, pela primeira vez eles criaram um "circuito" sintético multi-gene, cuja tarefa é distinguir entre o câncer e as células saudáveis e, posteriormente, induzir as células-alvo a se destruírem - sem a aplicação de nenhuma droga quimioterápica, por exemplo.

Os cientistas testaram a sua "rede genética" em dois tipos de células humanas cultivadas em laboratório: células do câncer cervical, chamadas de células HeLa, e células normais.

O biocomputador genético identificou e causou a destruição das células HeLa, mas não afetou as células saudáveis.

O circuito faz uma identificação positiva apenas quando todos os cinco fatores específicos do câncer estão presentes na célula, resultando em uma detecção do câncer de alta precisão.

Os pesquisadores esperam que o desenvolvimento possa servir de base para tratamentos anti-câncer muito específicos, embora o computador biológico sintético ainda esteja longe de poder ser testado em humanos.

Ficção científica possível

A seguir, a equipe pretende testar essa computação celular - filha de uma área emergente de pesquisas conhecida como biologia sintética - em um modelo animal.

Pode parecer ficção científica, mas Benenson acredita que isto é viável.

Talvez viável, mas não fácil: ainda existem problemas difíceis de resolver como, por exemplo, a inserção de genes estranhos em uma célula de forma eficiente e segura.

"Estamos ainda muito longe de um método de tratamento totalmente funcional para humanos. Este trabalho, entretanto, é um primeiro passo importante que demonstra a viabilidade de um método seletivo de diagnóstico ao nível de uma célula individual," disse Benenson.

Bibliografia:

Multi-Input RNAi-Based Logic Circuit for Identification of Specific Cancer Cells
Zhen Xie, Liliana Wroblewska, Laura Prochazka, Ron Weiss, Yaakov Benenson
Science
2 SEPTEMBER 2011
Vol.: 333 - PP. 1307-1311
DOI: 10.1126/science.1205527

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Astrônomos encontram estrela que não deveria existir

Astrônomos encontram estrela que não deveria existir
[Sua intrigante composição química coloca a estrela na "zona proibida" dentro da teoria de formação de estrelas, o que significa que esta estrela nunca deveria ter-se formado - ou que a teoria está errada.[Imagem: ESO/Digitized Sky Survey 2]
Teoria incompleta
Uma equipe de astrônomos europeus utilizou o Very Large Telescope do ESO (VLT) para descobrir uma estrela na Via Láctea que os cientistas achavam não poder existir.

Os astrônomos descobriram que esta estrela é composta quase inteiramente por hidrogênio e hélio, com quantidades minúsculas de outros elementos químicos.

Esta intrigante composição química coloca a estrela na chamada "zona proibida" dentro da teoria de formação estelar mais aceita, o que significa que esta estrela nunca deveria ter-se formado.
Ou, o que agora parece ser mais razoável, que a estrela está correta, mas a teoria não.

Estrela sem metais

A estrela de baixa luminosidade está situada na constelação do Leão e é chamada SDSS J102915+172927 - a sigla é rastreio SDSS (Sloan Digital Sky Survey) e os números fazem referência à posição do objeto no céu.

Ela possui a menor quantidade de elementos mais pesados que o hélio (que os astrônomos chamam de "metais") do que todas as estrelas estudadas até hoje. Este objeto possui uma massa menor que a do Sol e tem provavelmente mais de 13 bilhões de anos de idade.

"Uma teoria muito aceita prediz que estrelas como esta, com pequena massa e quantidades de metais extremamente baixas, não deveriam existir porque as nuvens de material a partir das quais tais objetos se formariam nunca se poderiam ter condensado," explica Elisabetta Caffau, da Universidade de Heidelberg, na Alemanha e do Observatório de Paris, na França.

"É surpreendente encontrar pela primeira vez uma estrela na 'zona proibida'. Isto significa que iremos provavelmente ter que verificar alguns dos modelos de formação estelar, completa Caffau, que é a autora principal do artigo científico que descreve estes resultados, e que será publicado em Setembro na revista Nature.

Estrela mais velha já encontrada

A equipe analisou as propriedades da estrela com o auxílio dos espectrógrafos X-shooter e UVES, montados no VLT. Os astrônomos mediram a abundância dos vários elementos químicos presentes na estrela e descobriram que a proporção de metais na SDSS J102915+172927 é mais de 20 mil vezes menor que a proporção de metais no Sol.

"A estrela é tênue e tão pobre em metais que apenas conseguimos detectar a assinatura de um único elemento mais pesado que o hélio - o cálcio - nas primeiras observações que fizemos," disse Piercarlo Bonifacio, que supervisionou o projeto. "Tivemos que pedir tempo de telescópio adicional ao Diretor Geral do ESO para estudar a radiação da estrela com mais detalhe, com longos tempos de exposição, de modo a tentar encontrar mais metais."

Os cosmólogos acreditam que os elementos químicos mais leves - hidrogênio e hélio - foram criados pouco depois do Big Bang, juntamente com um pouco de lítio, enquanto a maioria dos outros elementos foram posteriormente formados nas estrelas.

As explosões de supernovas espalharam o material estelar para o meio interestelar, tornando-o rico em metais. As novas estrelas que se formam a partir deste meio enriquecido possuem por isso maiores quantidades de metais na sua composição do que as estrelas mais velhas.

Por conseguinte, a proporção de metais numa estrela nos dá informação sobre a sua idade.

"A estrela que estudamos é extremamente pobre em metais, o que significa que é muito primitiva. Pode ser uma das estrela mais velhas jamais encontrada," acrescenta Lorenzo Monaco (ESO, Chile), que também participou do estudo.

Lítio nas estrelas

Astrônomos encontram estrela que não deveria existir
[A composição química das estrelas é estudada por meio da decomposição da sua luz, o chamado espectro estelar. A anotação mostra o dado que revelou a presença de Cálcio na estrela. [Imagem: ESO/Digitized Sky Survey 2]

É igualmente surpreendente a falta de lítio na SDSS J102915+172927. Uma estrela tão velha deveria ter uma composição semelhante àquela do Universo pouco depois do Big Bang, com apenas um pouco mais de metais.

No entanto, a equipe descobriu que a proporção de lítio na estrela é pelo menos cinquenta vezes menor que a esperada devido à matéria produzida pelo Big Bang.

"É um mistério como é que o lítio produzido logo após o início do Universo foi destruído nesta estrela", acrescenta Bonifacio.

Os investigadores também apontam para o fato desta estrela incomum não ser provavelmente única.

"Identificamos várias outras estrelas candidatas que podem ter níveis de metais semelhantes, ou até inferiores, aos da SDSS J102915+172927. Planejamos agora observar estes candidatos com o VLT para verificarmos se é realmente este o caso," conclui Caffau.

Teorias de formação estelar

Teorias de formação estelar mais aceitas afirmam que estrelas com massas tão baixas como a SDSS J102915+172927 (cerca de 0,8 massa solar ou menos) apenas podem se formar depois de explosões de supernova terem enriquecido o meio interestelar acima de um valor crítico.

Isto deve-se ao fato dos elementos mais pesados atuarem como "agentes de arrefecimento", ajudando a irradiar o calor das nuvens de gás, fazendo assim com que estas nuvens possam seguidamente colapsar para formar estrelas.

Sem estes metais, a pressão devida ao aquecimento seria demasiadamente forte e a gravidade da nuvem seria muito fraca para a vencer e fazer a nuvem colapsar.

Uma teoria em particular identifica o carbono e o oxigênio como os principais agentes de arrefecimento. No entanto, na SDSS J102915+172927 a quantidade de carbono é menor do que o mínimo julgado necessário para que este arrefecimento se torne efetivo.

A estrela HE 1327-2326, descoberta em 2005, tem a menor abundância de ferro conhecida, mas é rica em carbono. A estrela agora analisada tem a menor proporção de metais conhecida quando consideramos todos os elementos químicos mais pesados que o hélio.

A chamada nucleossíntese primordial estuda a produção de elementos químicos com mais de um próton, alguns momentos após o Big Bang. Esta produção deu-se num curto espaço de tempo, permitindo que apenas hidrogênio, hélio e lítio se formassem.

A teoria do Big Bang prediz, e as observações confirmam, que a matéria primordial era composta essencialmente por 75% (em massa) de hidrogênio, 25% de hélio e alguns traços de lítio.

Bibliografia:

An extremely primitive halo star
Elisabetta Caffau, Piercarlo Bonifacio, Patrick François, Luca Sbordone, Lorenzo Monaco, Monique Spite, François Spite, HansG. Ludwig, Roger Cayrel, Simone Zaggia, François Hammer, Sofia Randich, Paolo Molaro, Vanessa Hill9
arXiv
01 September 2011
http://www.eso.org/public/archives/releases/sciencepapers/eso1132/eso1132.pdf

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cientistas descobrem alumínio superdenso


 
 
 
 
Cientistas descobrem alumínio superdenso
 

[A técnica de microexplosão poderá ser usada com outros metais, permitindo sintetizar supermetais em geral, com estruturas atômicas muito mais densas do que os metais originais. [Imagem: Vailionis et al./Nature]

Superdensidade

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu um novo material nunca antes visto na Terra: um alumínio superdenso.

Segundo o professor Saulius Juodkazis, da Universidade Swinburne, na Austrália, o alumínio superdenso é 40% mais denso e mais resistente do que o alumínio comum.

Segundo ele, a descoberta dará um avanço significativo no desenvolvimento de novos materiais nanoestruturados, com propriedades não encontradas em materiais naturais.

"Sob pressões e temperaturas extremas, como as que existem no núcleo da Terra, os materiais formam novas fases de alta densidade, com arranjos atômicos compactos e propriedades físicas totalmente estranhas", disse ele, que trabalhou em conjunto com pesquisadores dos Estados Unidos e do Japão.

Microexplosões

Como não é possível coletar amostras do núcleo da Terra, o conhecimento sobre essas fases de alta densidade é basicamente teórico.

Agora, o grupo desenvolveu uma técnica para produzir o alumínio superdenso aqui na superfície mesmo.

Para isso, eles criaram uma técnica para gerar microexplosões, reproduzindo as condições de alta pressão em nanoescala.

"Focalizando pulsos ultra-curtos de laser sobre uma amostra de safira, nós induzimos uma microexplosão no material. Esse processo imita o tipo de forças sísmicas que moldam a Terra e outros planetas, fundindo e reformando os materiais sob pressões intensas. E ele nos permitiu sintetizar o alumínio superdenso," explicou Juodkazis.

Metais superdensos

A técnica de microexplosão poderá ser usada com outros metais, permitindo sintetizar supermetais em geral, com estruturas atômicas muito mais densas do que os metais originais.

"A criação de ouro ou prata superdensos, por exemplo, poderá abrir muitas novas possibilidades para os biossensores e para o campo da plasmônica," disse o pesquisador.

De fato, o experimento é muito simples, dispensando os caros e complicados aparatos geralmente utilizados em experimentos de alta pressão, como as bigornas de diamante, dando origem a uma nova ferramenta que deixa a criação de materiais de alta densidade ao alcance de muitos outros grupos de pesquisadores.

Geofísica

A análise dos materiais superdensos também terá impacto no campo da geofísica.

"Examinando as propriedades mecânicas e elétricos desse tipo de material poderemos ter uma melhor compreensão da condutividade elétrica das regiões interiores do planeta. Isto é particularmente importante no contexto das mudanças climáticas observadas ao tempo das grandes escalas de tempo geológicas," disse Juodkazis.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Grafeno com plasmônica pode aumentar velocidade da internet

Grafeno com plasmônica pode aumentar velocidade da internet
[Os plásmons induzem "ondas eletrônicas" na superfície das estruturas metálicas, que acabam se "derramando" sobre o grafeno, otimizando sua coleta de elétrons. [Imagem: Echtermeyer et al./Nature]

Uma colaboração entre as universidades de Manchester e Cambridge, no Reino Unido, incluindo Andre Geim e Konstantin Novoselov, ganhadores do prêmio Nobel por seus trabalhos com grafeno, acaba de mostrar que esse "material-maravilha" também pode tirar proveito da plasmônica para aumentar a velocidade das comunicações ópticas.

Combinando o grafeno com nanoestruturas metálicas, eles criaram um componente capaz de capturar 20 vezes mais luz do que o grafeno isoladamente.

Célula solar de grafeno

Colocando dois fios metálicos muito próximos um do outro em cima de grafeno, os pesquisadores já haviam demonstrado a possibilidade de gerar energia elétrica - ou seja, o grafeno funciona como uma célula solar bastante rudimentar.

Mas, mesmo sem rivalizar com as células solares de silício, a possibilidade de capturar luz e transformá-la em eletricidade é algo muito interessante para as comunicações ópticas, em que a informação deve viajar na forma de luz pelas fibras ópticas e, para ser processada, precisa ser convertida em pulsos elétricos.

O maior obstáculo para a aplicação prática para este dispositivo específico à base de grafeno é que, ao contrário dos outros fotodetectores já existentes, ele apresentou uma eficiência muito baixa.

O problema é que o grafeno absorve pouca luz, cerca de 3% da luz que incide sobre ele, com o resto passando direto, sem contribuir para o funcionamento do dispositivo.

Grafeno com plasmônica

Os pesquisadores agora elevaram essa eficiência combinando o grafeno com minúsculas estruturas metálicas, cuidadosamente organizadas em cima do grafeno.

O arranjo criou na verdade uma nanoestrutura plasmônica, que funciona com base em ondas superficiais de elétrons chamados plásmons de superfície.

Grafeno com plasmônica

Os pesquisadores agora elevaram essa eficiência combinando o grafeno com minúsculas estruturas metálicas, cuidadosamente organizadas em cima do grafeno.

O arranjo criou na verdade uma nanoestrutura plasmônica, que funciona com base em ondas superficiais de elétrons chamados plásmons de superfície.

Os plásmons induzem "ondas eletrônicas" na superfície das estruturas metálicas, que acabam se "derramando" sobre o grafeno, otimizando sua coleta de elétrons e, portanto, gerando uma maior intensidade de corrente elétrica.

Em relação à "célula solar de grafeno", o componente capta 20 vezes mais luz, sem perda de velocidade.

"O grafeno parece ser um companheiro natural para a plasmônica. Esperávamos que nanoestruturas plasmônicas pudessem melhorar a eficiência dos dispositivos baseados em grafeno, mas foi uma surpresa muito agradável que as melhorias sejam tão dramáticas," comentou o Dr. Alexander Grigorenko, coordenador da equipe.

Bibliografia:
Strong Plasmonic Enhancement of Photovoltage in Graphene
T.J. Echtermeyer, L. Britnell, P.K. Jasnos, A. Lombardo, R.V. Gorbachev, A.N. Grigorenko, A.K. Geim, A.C. Ferrari, K.S. Novoselov
Nature Communications
30 August 2011
Vol.: 2, Article number: 458
DOI: 10.1038/ncomms1464
http://arxiv.org/abs/1107.4176

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Futuro do Universo pode estar influenciando o presente

[Quando se pensa o Universo a partir das leis da mecânica quântica começam a fazer sentido algumas ideias aparentemente inconcebíveis.[Imagem: Anne Goodsell/Tommi Hakala]
Influências do futuro sobre o passado

Uma reformulação radical da mecânica quântica sugere que o Universo tem um destino definido, e que esse destino já traçado volta no tempo para influenciar o passado, ou o presente.

É uma afirmação alucinante, mas alguns cosmólogos já acreditam que uma reformulação radical da mecânica quântica, na qual o futuro pode afetar o passado, poderia resolver alguns dos maiores mistérios do universo, incluindo a forma como a vida surgiu.

E, além da origem da vida, poderia ainda explicar a fonte da energia escura e resolver outros enigmas cósmicos.

O que é mais impressionante é que os pesquisadores afirmam que recentes experimentos de laboratório confirmam de forma dramática os conceitos que servem de base para esta reformulação.


Ordem oculta na incerteza
[Conexão surpreendente entre fenômenos quânticos. [Imagem: Adaptado de Chanchicto/Wikimedia]

O cosmólogo Paul Davies, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, está iniciando um projeto para investigar que influência o futuro pode estar tendo no presente, com a ajuda do Instituto FQXi, uma entidade sem fins lucrativos cuja proposta é discutir as questões fundamentais da física e do Universo.

É um projeto que vem sendo acalentado há mais de 30 anos, desde que Davies ouviu falar pela primeira vez das tentativas do físico Yakir Aharonov para chegar à raiz de alguns dos paradoxos da mecânica quântica.

Um desses paradoxos é o aparente indeterminismo da teoria: você não pode prever com precisão o resultado de experimentos com uma partícula quântica; execute exatamente o mesmo experimento em duas partículas idênticas e você vai obter dois resultados diferentes.

Enquanto a maioria dos físicos que se confrontaram com esse problema concluíram que a realidade é, fundamentalmente, profundamente aleatória, Aharonov argumenta que há uma ordem oculta dentro da incerteza. Mas, para entender sua origem, é necessário um salto de imaginação que nos leva além da nossa visão tradicional de tempo e causalidade.

Em sua reinterpretação radical da mecânica quântica, Aharonov argumenta que duas partículas aparentemente idênticas comportam-se de maneiras diferentes sob as mesmas condições porque elas são fundamentalmente diferentes. Nós apenas não detectamos esta diferença no presente porque ela só pode ser revelada por experiências realizadas no futuro.

"É uma ideia muito, muito profunda", diz Davies.

Consequências presentes do futuro

[A flecha quântica do tempo aparentemente perde o rumo no mundo quântico. [Imagem: iStockphoto/danesteffes/PRF]
A abordagem de Aharonov sobre a mecânica quântica pode explicar todos os resultados normais que as interpretações convencionais também conseguem, mas tem a vantagem adicional de explicar também o aparente indeterminismo da natureza.

Além do mais, uma teoria na qual o futuro pode influenciar o passado pode ter repercussões enormes e muito necessárias para a nossa compreensão do universo, diz Davies.

Os cosmólogos que estudam as condições do início do universo ficam intrigados sobre o porquê do cosmos parecer tão idealmente talhado para a vida.

Mas há também outros mistérios: Por que é que a expansão do universo está se acelerando? Qual é a origem dos campos magnéticos visto nas galáxias? E por que alguns raios cósmicos parecem ter energias impossivelmente altas?

Estas questões não podem ser respondidas apenas olhando para as condições passadas do universo.

Mas talvez, pondera Davies, se o cosmos já tem definidas algumas condições finais nele próprio - um destino -, então isto, combinado com a influência das condições iniciais estabelecidas no início do universo, pode perfeitamente explicar estes enigmas cósmicos.

Testando a flecha do tempo

[A flecha quântica do tempo aparentemente perde o rumo no mundo quântico. [Imagem: iStockphoto/danesteffes/PRF]

É uma ideia muito boa - embora extremamente estranha.

Mas haveria alguma maneira de verificar a sua viabilidade? Dado que ela invoca um futuro ao qual ainda não temos acesso como causa parcial do presente, isto parece ser uma tarefa impossível.

No entanto, testes de laboratório engenhosamente inventados recentemente colocaram o futuro em teste e descobriram que ele poderia realmente estar afetando o passado.

Aharonov e seus colegas previram há muito tempo que, para certos experimentos quânticos muito específicos, realizados em três etapas sucessivas, o modo como a terceira e última etapa é realizada pode mudar dramaticamente as propriedades medidas durante o passo intermediário. Assim, ações realizadas no futuro (na terceira etapa), seriam vistas afetando os resultados das medições efetuadas no passado (na segunda etapa).

Em particular, nos últimos dois anos, equipes experimentalistas realizaram repetidamente experiências com lasers que mostram que, ajustando o passo final do experimento, é possível introduzir amplificações dramáticas no montante pelo qual o feixe de laser é desviado durante as etapas intermediárias do experimento. Em alguns casos, a deflexão observada durante a etapa intermediária pode ser amplificada por um fator de 10.000, dependendo das escolhas feitas na etapa final.

Estes resultados estranhos podem ser explicados de forma simples pelo quadro traçado por Aharonov: a amplificação intermediária é o resultado da combinação de ações realizadas tanto no passado (na primeira etapa) quanto no futuro (na etapa final).

É muito mais complicado explicar esses resultados usando interpretações tradicionais da mecânica quântica, afirma Andrew Jordan, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, que ajudou a conceber um dos experimentos com laser.

A situação pode ser comparada à forma como o modelo heliocêntrico do Sistema Solar, de Copérnico, e o modelo geocêntrico de Ptolomeu, ambos fornecem interpretações válidas dos mesmos dados planetários, mas o modelo heliocêntrico é muito mais simples e mais elegante.

Consequências cósmicas

[Uma das ideias "selvagens" mais recentes de Davies foi a de uma viagem sem volta a Marte. [Imagem: NASA/JPL]

Embora os experimentos com laser estejam dando boas notícias para a equipe, Davies, Aharonov, Tollaksen e seu colega Menas Kefatos, da Universidade Chapman, na Califórnia, estão agora à procura de consequências cósmicas observáveis de informações do futuro influenciando o passado.

Um bom lugar para procurar é a radiação cósmica de fundo (CMB), o "brilho" remanescente do Big Bang. A CMB tem ondulações fracas de calor e frio e, trinta anos atrás, Davies desenvolveu um modelo com seu então aluno Tim Bunch que descreve essas ondas no nível quântico.

Davies e Tollaksen estão agora revisando este modelo no novo arcabouço quântico.

Físicos têm ideias já bem desenvolvidas sobre como era o estado inicial do universo e como pode acabar sendo seu estado final - muito provavelmente um vácuo, o resultado inevitável da contínua expansão.

A equipe está colocando estas ideias junto com seu novo modelo para ver se ele consegue prever assinaturas características da influência do futuro na CMB que possam ser captadas pelo telescópio espacil Plank.

"A cosmologia é um caso ideal para esta abordagem," afirma Bill Unruh, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. "Desde que Aharonov encontrou esses resultados tão estranhos em algumas situações, vale a pena olhar para a cosmologia."

Davies ainda não sabe se essas ideias vão produzir resultados. Mas se o fizerem, seria revolucionário.

"A coisa mais notável sobre Paul," avalia Michael Berry, da Universidade de Bristol, "é que ele tem ideias muito selvagens combinadas com extremo cuidado e sobriedade."

Este pode ser exatamente o caráter necessário para fazer um grande avanço. Pode até ser o destino de Davies, uma mescla de seu futuro e de seu passado.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Holodeck na prática: visualização 3D com holografia eletrônica

Holodeck na prática: visualização 3D com holografia eletrônica
[O primeiro holodeck? [Imagem: Yamamoto et al.]
Comunicação ultra-realística
Um grupo de cinco pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologias de Informações e Comunicações, do Japão, construiu o mais completo sistema holográfico já visto até o momento.

Kenji Yamamoto e seus colegas reuniram uma série de tecnologias, incluindo a holografia eletrônica e sensores de mapeamento de raios de luz, para construir um sistema visual 3D completo em ambiente natural.

O experimento é um passo significativo para a demonstração das capacidades das comunicações ultra-realísticas à distância, levando a chamada telepresença a outro nível - um nível mais próximo das imagens holográficas e outros "holodecks" visto em filmes de ficção científica.

A holografia tradicional é uma tecnologia que reconstrói a luz de forma a simular a presença do objeto a ser mostrado, projetando as imagens em uma tela holográfica.

Já a holografia eletrônica usa um sistema informatizado para simular cada parte da projeção holográfica. Isto a torna muito mais intensiva em recursos computacionais, mas sem maiores entraves tecnológicos.

Holografia eletrônica

Holodeck na prática: visualização 3D com holografia eletrônica
[300 câmeras são responsáveis por gerar uma malha superdensa de informações dos raios de luz. [Imagem: Yamamoto et al.]

O novo protótipo de holografia eletrônica avança em várias áreas, incluindo a eliminação das interrupções de luz, o aumento do campo de visão e a captura dos dados para construção do holograma em luz natural.
A câmara holográfica construída pelos pesquisadores japoneses usa um conjunto de nada menos do que 300 câmeras digitais, dispostas com um intervalo de 1,22° (pouco mais de 3 centímetros uma da outra) em um círculo de três metros de diâmetro.

São essas câmeras, todas apontando para o centro da câmara, que capturam as informações do objeto a ser "holografado".

No primeiro experimento, os cientistas usaram uma boneca, uma vez que um objeto estático ajuda a refinar seus algoritmos de tratamento de imagens. No próximo passo, eles pretendem apresentar resultados com uma pessoa em movimento.

Informações dos raios de luz

Holodeck na prática: visualização 3D com holografia eletrônica
[Embora o resultado supere a qualidade dos hologramas tradicionais, os pesquisadores japoneses não estão satisfeitos com o resultado do seu holograma, e afirmam ser possível melhorar muito. [Imagem: Yamamoto et al.]

Os dados de todas as câmeras precisam ser adequadamente mesclados e interpolados por meio de processamento de sinais, produzindo o que os pesquisadores chamam de "rede superdensa de informação dos raios de luz".

Segundo eles, esta é a primeira vez que se obtém um resultado com grande "redução de erros visíveis" nesse tipo de processamento.

Uma solução interessante para a geração da imagem 3D real a partir das câmeras 2D foi encontrada na chamada "transformação projetiva": a profundidade é tratada como um plano. "Esta estimativa não é apropriada, mas a qualidade da imagem foi sem nenhuma dúvida decente," escrevem os pesquisadores.
Mas eles não se mostraram satisfeitos com a qualidade do holograma.

Segundo os pesquisadores, com a quantidade de informações disponíveis na sua "malha superdensa de informações de raios de luz" há potencial para melhorias.

"A qualidade da imagem sintetizada foi decente, mas a reconstrução 3D do holograma não foi. Nossa pesquisa futura pretende superar essas limitações," afirmam.

domingo, 28 de agosto de 2011

Astrônomos flagram buraco negro engolindo estrela

Astrônomos flagram buraco negro engolindo estrela











[O processo ainda está em andamento, e os astrônomos estimam que a "refeição" do buraco negro só terminará em meados do ano que vem.[Imagem: NASA/Goddard]
Refeição cósmica
Em Março deste ano, o telescópio Swift da NASA, flagrou um fenômeno cósmico disparando um feixe de raios X incrivelmente forte em direção à Terra, vindo da Constelação do Dragão.

Essa fonte intensa e incomum, formada por feixes de alta energia, chamou a atenção dos astrônomos.
Eles então usaram outros telescópios e observatórios, incluindo um instrumento a bordo da Estação Espacial Internacional, para analisar o evento inédito, em busca de uma explicação para sua ocorrência.
Depois de analisar com cuidado o fenômeno, agora conhecido como Swift J1644+57, os cientistas descobriram se tratar de algo verdadeiramente extraordinário: um buraco negro "dormente" acordando ao começar a consumir uma estrela.

O processo ainda está em andamento, e os astrônomos estimam que a "refeição" do buraco negro só terminará em meados do ano que vem.

Buraco negro engolindo estrela

A maioria das galáxias, incluindo a nossa Via Láctea, possui um buraco negro gigantesco em seu centro, pesando milhões de vezes a massa do Sol. Segundo os estudos, o buraco negro que está engolindo a estrela pode ser duas vezes maior do que o "nosso".

Conforme uma estrela cai em direção ao buraco negro, forças de maré gigantescas destroem-na completamente. Os destroços formam um disco ao redor do buraco negro, que continuam a cair como em um redemoinho.

As altíssimas temperaturas, o magnetismo e o movimento super rápido da parte mais interna do redemoinho geram "funis" em direções opostas, através dos quais algumas partículas escapam do evento.


Astrônomos flagram buraco negro engolindo estrela
[A radiância relativística explica porque o Swift J1644+57 foi visto em raios X e parece tão surpreendentemente luminoso. [Imagem: NASA/Swift/Penn State]
Essa fuga cria jatos de matéria saindo ao longo do eixo de rotação do buraco negro, em sentidos opostos e viajando a até 90% da velocidade da luz.

Para sorte dos astrônomos, no caso do J1644+57, um desses jatos está apontado em direção à Terra, o que permitiu que observássemos o fenômeno.

Jatos de raios X

Estudos teóricos de estrelas destruídos por efeitos de maré sugerem que o fenômeno apareceria na forma de erupções em energias ópticas e ultravioletas.

Mas o brilho e a energia do jato de um buraco negro é muito maior quando visto de frente.

O fenômeno, chamado radiância relativística, explica porque o Swift J1644+57 foi visto em raios X e parece tão surpreendentemente luminoso.

"As emissões de rádio ocorrem quando os jatos mergulham no ambiente interestelar. Por outro lado, os raios X surgem muito mais próximos do buraco negro, como se saísse da base dos jatos," explica Ashley Zauderer, do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos.

sábado, 27 de agosto de 2011

Robôs ganham sua própria Wikipedia


Terra de robôs

Pense em uma rede inteligente composta por robôs autônomos.

Se o que lhe vem à mente é a Skynet do filme Exterminador do Futuro, sempre pronta a exterminar a humanidade, passe à frente.

A ideia é algo mais parecido com a Wikipedia, um repositório de recursos onde os robôs possam aprender e compartilhar entre eles, os robôs, o conhecimento que cada um vai adquirindo.

Não se trata de um sonho, mas de um projeto criado por pesquisadores suíços, batizado de RoboEarth - no sentido de "terra robótica".

Wikipedia dos robôs

Se é para que os robôs se transformem em algo mais útil, eles têm muito a aprender. E ensinar as coisas para robôs está longe de ser uma tarefa fácil.

Embora já se fale em cognição robótica e robôs que aprendem com experiência, os robôs não nascem com o background de uma criança, e parecem nunca serem capazes de deduzir coisas.

"Os robôs de hoje não sabem muitas das coisas que nós consideramos óbvias: a garrafa de leite pode
quebrar ou o forno ligado é quente. Nós aprendemos estas e muitas outras coisas sobre o nosso mundo em nossos primeiros anos de vida. Mas, embora elas pareçam tão básicas, hoje nenhum robô tem esse conhecimento básico," explica Markus Waibel, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH) em Zurique.

O projeto RoboEarth, ou Wikipedia dos robôs, permitirá que robôs conectados à rede compartilhem informações, aprendam e aumentem sua memória global.

"Não a estamos imaginando como uma rede de comunicação. Ao contrário, ela será uma base de conhecimentos, muito parecida com a Wikipedia," diz Waibel.

Novas visões da inteligência artificial

Segundo o pesquisador, a percepção do que é a inteligência artifical vem mudando ao longo dos anos.

"Inicialmente pensávamos que a lógica era a forma mais elevada de inteligência. Hoje sabemos que é necessário muito mais para construir uma inteligência artificial do que o raciocínio lógico.

"Uma rede como a RoboEarth provavelmente vai exacerbar os atuais desafios éticos, morais e legais. No entanto, por agora estes problemas são ínfimos diante dos desafios tecnológicos," avalia o pesquisador.

A razão para isso é que, quanto mais variados são os robôs, mais difícil é o compartilhamento de conhecimentos entre eles.

"Nós humanos somos primorosos em lidar com informações não-estruturadas. No entanto, para um robô mesmo um conhecimento apenas razoavelmente estruturado, como a Wikipedia, é demasiadamente ambíguo e incompleto. Por exemplo, a Wikipedia lista 23 significados alternativos para a palavra robô," afirmou Waibel.

Autoconsciência

Waibel e seus colegas do RoboEarth estão usando o KnowRob, uma estrutura taxonômica para ajudar os robôs a aprenderem mais rápido. Ou seja, a Wikipedia dos robôs terá que ser um pouco mais estruturada do que a Wikipedia dos humanos.

Isso irá ajudar os robôs a aprenderem sobre categorias de dados que incluem de geografia e física básica até tarefas de manipulação de objetos e aprendizado off-line.

O pesquisador também avalia que os robôs e suas redes vistas na ficção científica estão bem longe da realidade. Segundo ele, no melhor dos mundos, a rede RoboEarth terá o mesmo risco que a Wikipedia tem de se tornar autoconsciente.

O lançamento de uma versão open source do RoboEarth está prevista para os próximos meses. Mais informações no site do projeto, em www.roboearth.org.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

OS FERENGIS



FONTE : Site USS VENTURE


Os Feregis são considerados uma raça inimiga da Federação, mas conforme as circunstâncias, trabalharam em conjunto. Talvez a melhor definição seria que se tratam de uma raça neutra que em função da conveniência própria podem mudar de lado constantemente. O nome formal do governo ferengi é Aliança Ferengi.

Tecnologicamente sofisticada raça humanóide que era um completo mistério para a Federação até o primeiro contato no planeta Delphi Ardu em 2364. Possuindo um estrito código de honra, a filosofia ferengi abraça os princípios puros do capitalismo, seguindo as suas Regras de Aquisição. Os ferengi são Machistas ao extremo e não permitem que suas fêmeas se vistam, embora muitos machos ferengi achem as fêmeas humanas muito atrativas. Logo após o primeiro contato com a Federação, empresários ferengi viram novas oportunidades e rapidamente assimilaram o comércio da Federação, como fez Quark, um ferengi que estabeleceu um bar e cassino na Estação Espacial 9.

A Raça e Fisiologia dos Ferengis

aparência geral

Os Ferengi são humanóides, bípedes, possuem sistema nervoso central e são mamíferos. O cérebro Ferengi é separado em quatro lóbulos distintos, diferente dos humanos, que possuem dois lóbulos. Esta característica de sua fisiologia parece não permitir que os telepatas betazóides leiam suas mentes.


Devido à fina atmosfera do planeta Ferenginar, as orelhas dos feregis foram, ao longo dos anos, adaptadas para ouvir o máximo possível em pequenas distâncias, pois o som tem dificuldade em se propagar, por isso as orelhas de um ferengi são desproporcionais ao seu crânio e muito sensíveis.
 
Retirado do site

Eles também são providos de uma alta sensibilidade para captar cheiros e sabores. As orelhas também representam uma área de grande sensibilidade nos ferengis, pois proporcionam agradáveis horas de prazer quando acariciadas. Os ferengis são de baixa estatura, sendo uma das raças humanóides mais baixas no quadrante alfa. Sua altura varia entre 1,07 a 1,09 cm, para um adulto macho. A alimentação ferengi se constitui de larvas, insetos e sucos; seus dentes são pequenos e afiados. Porém os ferengis são bem adaptáveis em relação a alimentação, às vezes aceitando qualquer tipo de iguaria contanto que seja apetitosa e bonita aos
olhos.

Sociedade Ferengi

A forma Ferengi de convivência se baseia no lucro a qualquer custo. São especialistas em criação de lobby, e seu lema é "faça qualquer coisa para obter um ganho". Isso para um Ferengi constitui uma honra. Uma família Ferengi é constituída como uma família normal, com pequenas diferenças. As fêmeas são renegadas a um segundo plano e as crianças são envolvidas em um constante senso de piedade paternal, sendo mimadas ao extremo. Dentro da família há várias regras a serem seguidas, mas o Ferengi macho é o dominante fora e dentro do lar.

Outra característica interessante é o apego do filho às mães. Em uma negociação com um Ferengi, nunca deve-se insultar a sua mãe. Por outro lado, a família é vista como um arcabouço de paz e tranqüilidade para o macho Ferengi, que passa horas e horas em grandes negociações fora do lar. O pequeno macho ferengi desde cedo possui várias responsabilidades, deve conhecer desde muito cedo todas as regras de aquisição ferengi, um conjunto de leis para negociação, nas escolas ensinam tudo sobre negócios, economia e lucro. Mas como qualquer outra criança, os ferengi jovens também gostam de brincar e dão muito trabalho.

Dados Gerais e Governo
O PlANETA:

Nome nativo de seu planeta é Ferenginar, um planeta classe M, localizado no centro do território Ferengi no quadrante alfa. O clima é chuvoso e úmido, mas a atmosfera é sempre fina. Como a chuva é uma constante no planeta, eles possuem cerca de 178 palavras para designar chuva, e nenhuma para designar seca. O Prédio mais alto de Ferenginar é a Torre do Comércio local considerado o centro comercial dos ferengis. Os Ferengi moram em construções baixas, seus únicos prédios altos são os de finalidade política e administrativa. Uma das curiosidades é que suas construções são desprovidas de portas. Nas entradas há sempre caixas de coletas para inserir a contribuição dos convidados. (Um costume de boas vindas a possíveis visitas).

 
GOVERNO:
O nome da organização política dos Ferengi é Aliança Ferengi. O líder desta aliança é o Grande Nagus. Sua função básica é organizar e ser intermediador de grandes negociações entre a Aliança Ferengi e outras organizações, como a Federação por exemplo, ou os cardassianos, klingons, romulanos, etc. Além de ser um grande estrategista na área dos negócios, ele controla toda a economia e comércio dos Ferengis. Por outro lado, isso não quer dizer que o Grande Nagus é uma pessoa Honesta. Na verdade, seu modo desonesto e suas práticas corruptas é que fazem sua grande fama e lhe conferem respaldo junto à comunidade econômica Ferengi. É uma grande honra para um Ferengi chegar a este patamar de ser um Grande Nagus. Um dos braços mais importantes da Aliança Ferengi é a Associação Comercial Ferengi, é a mais poderosa organização comercial da comunidade Ferengi. Todo Ferengi que se preza negocia através da Associação Comercial Ferengi.

RELIGIÃO:
A religião ferengi não é muito conhecida. Ela é mais lembrada quando um ferengi morre e há duas coisas que podem acontecer quando um ferengi morre, e eles acreditam piamente nisso: se um ferengi foi bom enquanto viveu, auferindo muito lucro e fazendo negociações com grandes estratégias e ganhos, ele vai para a Tesouraria Divina, um local todo feito de ouro Latinum. Mas se você foi um mau ferengi e nunca conseguiu lucro em sua vida, principalmente o lucro desonesto, então você vai para a Caverna da Eterna Miséria e nunca mais vai sair de lá. Quanto ao ritual mortuário o corpo do ferengi morto é cremado e colocado em discos de vácuos, os quais posteriormente, serão vendidos pelos familiares. Isto é uma honra para memória do morto.

A LÍNGUA NATAL:

A língua ferengi se utiliza de duas formas de comunicação; a Bidirecional e a linguagem de sentenças:
A Bidirecional se movimenta em duas direções somente tanto para leitura como para a escrita e se utiliza de seis ângulos diferentes para expressar uma idéia, uma linguagem geométrica. Começam de cima para baixo e tanto da esquerda ou da direita da maior sentença para a menor sentença, sempre usando a forma hexagonal. O ponto central às vezes é utilizado para mensagens simples ou figuras ou sinais de aviso.A linguagem por sentenças se utiliza da direção esquerda para direita e é uma subforma da Bidirecional, usando frases inteiras e sentenças grandes ou pequenas misturadas entre si. 

As Regras de Aquisição


As Regras de Aquisição são as regras que governam o comércio ferengi. As crianças masculinas ferengi são obrigadas a decorar todas as 285 regras e repeti-las quando requisitados. As mulheres não podem ter acesso as essas regras. Este livro é o livro mais sagrado para um ferengi. Lá há preceitos sobre a convivência entre eles, política e negócios. Todas essas regras são seguidas há milênios.
  • A Primeira Regra de Aquisição: "Uma vez que você tenha o dinheiro deles, nunca devolva".
  • 3ª regra: "Nunca gaste mais em uma aquisição do que precisa".
  • 6ª regra: "Nunca permita que a família fique no caminho da oportunidade".
  • 7ª regra: "Mantenha suas orelhas abertas".
  • 9ª regra: "Oportunidade mais instinto é igual a lucro".
  • 10ª regra: "Ambição é eterna".
  • 16ª regra: "Um trato é um trato".
  • 17ª regra: "Um contrato é um contrato -- mas somente entre ferengis".
  • 18ª regra: "Um ferengi sem lucro não é ferengi de qualquer maneira".
  • 19ª regra: "Satisfação não garantida".
  • 21ª regra: "Nunca ponha a amizade acima do lucro".
  • 22ª regra: "Um homem experiente pode ouvir lucro no vento".
  • 31ª regra: "Nunca goze de uma mãe ferengi".
  • 33ª regra: "Nunca machuca puxar o saco do chefe".
  • 34ª regra: "Guerra é bom para os negócios".
  • 47ª regra: "Nunca confie em alguém cuja roupa é melhor que a sua própria".
  • 49ª regra: "Quanto maior for o sorriso, mais afiada será a faca".
  • 57ª regra: "Bons consumidores são como ouro latinum. Entesoure-os".
  • 59ª regra: "Conselho de graça quase nunca é barato".
  • 62ª regra: "Quanto mais risco tiver o caminho, maior será o lucro".
  • 75ª regra: "Lar é onde o coração está, mas as estrelas são feitas de ouro latinum".
  • 76ª regra: "De vez em quando, declare paz -- confunde uma enormidade seus inimigos".
  • 102ª regra: "A Natureza decai, mas ouro latinum é para sempre".
  • 109ª regra: "Entre dignidade e um saco vazio, fique com o saco".
  • 111ª regra: "Trate pessoas em dívida como a sua família -- explore-os".
  • 139ª regra: "Viúvas servem. Irmãos herdam".
  • 194ª regra: "É sempre bom fazer negócios para conhecer novos consumidores antes que eles entre pela sua porta".
  • 203ª regra: "Novos consumidores são como razor-backed Greeworms -- podem ser suculentos, mas às vezes mordem de volta!".
  • 211ª regra: "Empregados são os degraus da escada do sucesso -- não hesite em pisar sobre eles".
  • 214ª regra: "Nunca comece a negociar com o estômago vazio".
  • 217ª regra: "Você não pode libertar um peixe da água".
  • 239ª regra: "Não tenha medo de nomear um produto erroneamente".
  • 285ª regra: "Nenhuma boa proeza fica impune".

Os Ferengis Famosos


QUARK: Quark, é o Ferengi dono do Bar e Cassino da Estação Espacial 9 no sistema bajoriano, como todo bom ferengi é trapaceiro e vive tentando levar vantagem sobre seus fregueses e visitantes da Estação, mas sempre é frustrado pelo chefe de segurança Odo. É tio de Nog, o único ferengi a entrar para a academia da Frota Estelar. Em 2370, o Grande Nagus Zek ofereceu a Quark a oportunidade de ser o primeiro Ferengi a abrir negociações empresariais com um planeta do Quadrante de Gama. Também estava junto do Comandante Sisko quando foi capturado pelo Dominion. Vive na estação com seu irmão Rom e o sobrinho Nog.  



 
nagus zek: Líder do Aliança Ferengi como o Grande Nagus. Zek recrutou Quark para agir como seu negociador com as raças do Quadrante de Gama, mas era uma estratagema de Zek para aprender mais sobre o Misterioso Dominium, uma força poderosa daquela região da galáxia. Zek sofreu uma mudança de personalidade temporária em 2371 depois de obter um Orbe Bajoriano da Sabedoria. Zek tinha esperança que conhecendo os Profetas da Fenda Espacial lhes o ajudariam a aprender bastante sobre o futuro fazer um lucro inconcebível, mas ao invés disso, eles o devolveram a personalidade dos antigos ferengis que não veneravam o lucro acima de tudo. Após isso ele reescreveu todas as 285 Regras de Aquisição Ferengis, e fundou uma Associação Benevolente Ferengi. Quark convenceu as entidades da fenda a restabelecer a personalidade de Zek para o bem da raça Ferengi. 





 
NOG:  Sobrinho de Quark e filho de Rom, era o melhor amigo de Jake Sisko, filho do comandante da Estação Espacial 9, onde vivia com seu pai e tio. Através de Jake, que sempre o incentivou, ele entrou para a escola da estação até que pediu para o Comandante Sisko que o recomendasse para admissão na Academia da Frota Estelar. A decisão de Nog, contraria ao seu tio Quark, foi um marco decisivo. Ele estudou sério dentro do Programa Preparatório para a Academia da Frota Estelar. Em 2372, Nog vendeu os seus pertences de infância, conforme costume feregi, para deixar a Estação Espacial 9 e cursar a Academia da Frota Estelar. Nog volta a Estação Espacial 9 em 2373 já como um cadete da Academia da Frota para estudos de campo. 



 
Naves Ferengis
Os ferengi utilizam naves para seus comércios, mais notavelmente as Marauder de classe D'Kora com uma tripulação de até 450. As marauders classe D'Kora são naves sofisticadas e algumas carregam uma arma de plasma energético, capaz de desabilitar uma nave classe Galaxy. O primeiro contato com essa nave foi em 2364, perto do planeta Gamma Tauri IV. Os comandantes das naves ferengi recebem o título de DaiMon, equivalente à capitão.
Embora o primeiro contato tivesse sido feito em 2364, nove anos antes desse contato, uma nave não identificada (depois descobriu-se que era ferengi) atacou a USS Stargazer sob comando do capitão Jean Luc Picard, perto de Maxia Zeta e foi destruída.a estudos de campo.

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